sexta-feira, 29 de junho de 2018

A arte de saber ouvir

A maioria das pessoas sabe a importância de ouvir o outro, seja nas relações pessoais ou profissionais. Já dizia o filósofo: “A natureza deu-nos somente uma boca, mas duas orelhas, de modo que nós devemos falar menos e escutar mais”.

E não basta escutar passivamente, deixando as palavras entrarem por um ouvido e saírem pelo outro. Bons ouvintes não são mudos. Para um bom diálogo, é preciso praticar a tal da escuta ativa, uma técnica que consiste em prestar verdadeira atenção no que as pessoas estão lhe dizendo. Ao fazer isso, torna-se possível interpretar, compreender e emitir sinais do seu entendimento ao interlocutor, demonstrando que você se importa.

É comum ver conversas onde os comentários e respostas são desconexos, tornando-se uma espécie de monólogo múltiplo. Ou seja, pessoas falando sozinhas umas com as outras, sem interagir com o ponto de vista do outro. Estranho, não é mesmo?

Quando trazemos este tema para o ambiente de vendas, podemos refletir sobre como o comportamento da escuta ativa ajuda nos resultados:

Escutar ativamente não é ficar quieto
Engana-se quem pensa que saber ouvir é ficar quieto e concordar com tudo, como um bajulador puxa-saco. Escutar ativamente é prestar atenção ao que é dito e também fazer perguntas que mostram ao outro que você está seguindo o raciocínio. Mesmo que tenhamos uma opinião contrária ou divergente, é possível encaixá-la na conversa no momento apropriado.

Real interesse em ajudar
Muitas vezes os clientes entram resistentes em uma reunião de negócios. Em alguns casos estão “armados até os dentes”, prontos para questionar tudo o que você disser. É mais inteligente demonstrar seu real interesse em ajuda-lo e deixar o cliente expor seus problemas. Quando o cliente sente esta confiança, certamente irá baixar a guarda.

Estudar o terreno
Se você não conhece quase nada sobre o cliente, escutá-lo ativamente é ainda mais essencial. Se você começa falando sem ouvir, há um alto risco de suas ideias não serem aceitas, pelo simples fato de você não estar em sintonia com a forma de pensar da pessoa.

Obter informações secundárias
Muitas informações secundárias podem ajudar em um processo de negociação ou na tomada de decisão. Se ouvirmos atentamente o cliente, maior é a chance de conhecermos particularidades, tais como experiências anteriores, preferências pessoais ou interesses em comum. Falar demais joga contra!

Criar uma relação agradável
Se o vendedor fala como uma metralhadora, a reunião será mais curta e o cliente terá mais vontade de se livrar do inconveniente. Quando há escuta ativa, normalmente ocorre um diálogo agradável, que por sua vez gera empatia e por fim um diferencial competitivo para o vendedor.

Saber o que o cliente valoriza
É obvio, mas precisa ser dito. Se não ouvimos, é difícil adivinhar o que o cliente valoriza. Sem saber em detalhes quais pontos são mais importantes de serem abordados em uma conversa, podemos perder precioso tempo explicando e justificando coisas sem valor para o outro lado.

Concluindo: saber ouvir pode ser difícil no início, você acaba virando saco de pancada de gente que só sabe falar, mas a longo prazo os resultados são positivos. Para as vendas e para a vida!

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Boas vendas e um abraço a todos!

Marcelo Zimmaro
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